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Documento do ex-assessor de Colin Powell revela

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Bush sabia que havia 742 inocentes em Guantanamo
George W. Bush, o ex-presidente norte-americano e os principais responsáveis da sua administração teriam conhecimento que havia detidos inocentes na prisão militar de Guantanamo, segundo uma declaração divulgada esta sexta-feira assinada pelo assessor do ex-secretário de Estado norte-americano Colin Powell, o coronel Lawrence Wilkerson.


O documento seria para juntar a um processo judicial de um detido de Guantanamo, Adel Hassan Hamad, um sudanês que esteve preso entre Março de 2003 e Dezembro de 2007, e foi dado a conhecer pelo jornal britânico ‘The Times’, de acordo com a agência Lusa.



É o primeiro testemunho escrito tornado público de um alto funcionário da administração Bush, que reconhece que Washington manteve numerosos detidos na base naval na ilha de Cuba que se sabia não pertencerem a grupos terroristas.



Segundo Wilkerson, o ex-vice-presidente, Dick Cheney e ao ex-secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, ter-se-iam recusado libertar os detidos cuja inocência era conhecida, por considerarem ser ‘politicamente impossível’.



O ex-assessor de Colin Powell acrescenta ainda que a Casa Branca teve a certeza de que a maioria dos 742 detidos enviados inicialmente para Guantanamo em 2002 eram completamente inocentes.



Wilkerson tem sido muito crítico da política anti-terrorista e militar da administração Bush nos últimos anos e explica que esses detidos nunca viram um soldado norte-americano até serem detidos, e que a maioria foi ‘vendida’ aos norte-americanos por afegãos e paquistaneses a 5000 dólares por cabeça.



Afirma também que Cheney e Rumsfeld se opuseram a uma revisão dos processos e a libertar prisioneiros porque ‘os métodos para as detenções (de terroristas) seriam revelados’, algo que ‘não era aceitável e que prejudicaria seriamente a administração’.



Relativamente a Dick Cheney, refere que ‘não o preocupava nada que os detidos fossem inocentes (e que) se centenas de indivíduos inocentes tinham de sofrer para se poder deter um punhado de destacados terroristas, que assim fosse’.



No documento, Wilkerson explica que discutiu o assunto com Colin Powell e pôde verificar que a ‘sua visão era que não apenas o vice-presidente Cheney e o secretário Rumsfeld, como também o presidente Bush, estavam implicados em todas as decisões relacionadas com Guantanamo’.





I.C.

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